segunda-feira, 8 de março de 2010
O Pênis
E pensar que houve tempo em que ele não estava com essa bola toda...
Podemos dizer que há vários mitos relacionados ao pênis e o que vamos comentar aqui é aquele que é motivo de inveja e cobiça ao longo da história nos últimos nove mil anos e que ainda causa furor e que se sabe lá por quanto tempo vai perdurar.
A partir do momento que o homem viu a contribuição que ele tem na concepção e que,com base nos conhecimentos até meados do século XIX, passou a ser o ‘responsável’ pela continuidade da espécie no planeta, impõe-se sobre a sociedade uma lei, uma ordem ou um ‘mito’, o da prevalência deste pênis em detrimento do renegado útero.
Isso fez com que muitos aspectos da vida do ser humano voltassem a preferência e os privilégios àqueles que portassem este membro. Ao redor do planeta, em distintas culturas, temos a representação desta importância de várias formas, caracterizando-se na fala, nas artes e na lei essa prevalência.
Possuir pênis é ter braços fortes para o trabalho e facilidade para se ganhar dinheiro; isso significa ter preferências em muitas situações, fato que faz com que, em algumas culturas, até os dias de hoje a filha seja desprezada, ou renegada, abortada até que o casal possa conceber e ter um varão.
Possuir pênis é a possibilidade de ganhar dinheiro; ganhando dinheiro, ganha-se autoridade, conquista-se territórios e bens, enfim, ter pênis é sinônimo de PODER.
Existe o pensamento de que quanto maior o pênis (poder) maior é o benefício que ele proporciona. Pênis grande, satisfação garantida, caso contrário é digno de denúncia no PROCON pela propaganda enganosa! Isto porque é óbvio que boa parte dos homens é inconformada com o tamanho de seu próprio membro, mas claro que a imagem que ele passa é a de que ele é maior do que a propaganda, há até enchimentos de cuecas para vender-se a imagem de uma boa mala, garantindo uma boa viagem. Esta cobrança vem desse famoso mito que foi criado e é alimentado tanto pelos portadores como pelas mulheres que se rivalizam nessa disputa, oferecendo um bom útero acolhedor.
Somos uma nação constituída de vários povos e cada um com suas características e, como tal, com pênis de vários tamanhos, envergaduras, elasticidades, cores, cheiros, texturas, com prepúcio e sem prepúcio, enfim aspectos diferentes. Dependendo da constituição de um povo ou seu histórico genético, o tamanho do membro variará de acordo com a profundidade do canal vaginal. Portanto, se uma mulher que, por genética, possui uma vagina mais profunda, os homens de sua raça terão membros proporcionais a esta profundidade; assim como em povos cujas mulheres possuem uma profundidade mais rasa em suas vaginas, os homens desta raça possuirão membros de acordo, portanto menores e/ ou mais finos. Por essas e outras, entre nós, brasileiros, existe tanta especulação a este respeito, pois "o vizinho sempre 'tem' o pênis maior ou melhor que o meu...".
Não nos esqueçamos de que não é o tamanho que fará a diferença, mas o desempenho do portador desse pênis. Homens e mulheres deveriam se preocupar mais com a forma de fazer com que o pênis possa se tornar fonte de prazer e obterem a tão buscada satisfação garantida. A sexualidade do indivíduo não está em uma ou outra parte do corpo, mas em todo o seu conjunto, que pode proporcionar essa satisfação.
Quando soubermos olhar para o exercício da nossa sexualidade buscando todas as possibilidades existentes de prazer no corpo como um todo, estimulando-o e dando-lhe tempo, com toda certeza ele responderá de modo satisfatório para si e para o parceiro sexual.
Afinal de que Pênis falamos, ou sobre que Poder discutimos? Pois todo pênis pode, e todo poder possui seu preço fálico.
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